sábado, 2 de abril de 2011



ANIVERSÁRIO DE GIANELLI
12/04/1789
Escola N. Sra. do Horto, Udine, Itália, 21/ de outubro de 2009

1- Cerreta, pequeno povoado de Carro, na Riviera Lígure do Levante, Itália, deu à Igreja um santo: Antonio Maria Gianelli.
Uma igrejinha vigilante, construída sobre o declive da colina, perfumada pelos cerrados bosques. Um pequeno espaço na frente do prédio da igrejinha, rodeado de árvores que lhe oferecem sombra e frescor. Algumas casinhas espalhadas ao redor, poucos habitantes... Castanhas, oliveiras, vinhedos, montanhas. Tudo um verdejar de bosques, que descansa os olhos e revigora as forças... A montanha desce no vale onde corre um riacho, na torrente pedregosa que faz companhia com o murmúrio de suas águas. No lado direito do pequeno prédio da igrejinha há uma casa enfumaçada pelos pobres agricultores; é a morada do casal Gianelli, gente simples, piedosa, laboriosa.
2- A primavera está no ar e anuncia a Páscoa da Ressurreição: os campos em flor, um belo céu azul, o sol fulgurante. O minúsculo sino alegre redobra seus esforços para tocar a festa - toda a natureza glorifica o Cristo Ressuscitado.
3- 12 de abril de 1789 - naquele modesto lar, depois de horas de dolorosa espera, um choro anuncia o nascimento de uma criança,   que foi denominada, “filho da oração”.

Aos 19 de abril, a pequena igreja acolhe o recém-nascido que, na alegria da purificação divina, recebe o nome de Antonio.
4- Em Cerreta vive-se a vida da montanha, aquela vida simples, serena, que faz desejar unicamente, no tempo oportuno, a chuva para fecundar as sementes e o sol para amadurecer a colheita. Trabalha-se com dificuldade a terra, porque é preciso quebrar com o próprio suor o solo pedregoso lígure (Região da Ligúria, Itália); vai-se em busca de pastagem entre os penhascos; recolhe-se nos bosques a lenha para o fogo; a água é buscada na fonte um pouco distante da casa.


5 - Mamãe Maria Tozo Gianelli, rica de fé profunda e vivida, a vemos solícita, nas tardes de inverno, junto ao fogo crepitante, com o pequeno Antonio no colo; lhe junta as mãos para a oração e lhe fala sobre o seu bom Deus com uma linguagem intuitiva, que é logo compreendida pelo filho. Ele cresce na família, na escola da mãe, seguindo o exemplo do pai nas longas jornadas, trabalhosamente gastas no uso dos instrumentos campestres. Forma assim o seu coração à piedade, à bondade e ao sacrifício. 
Antonio se revela inteligente e amante do estudo, mas a escola é distante. A mãe que incentiva o desejo do filho, numa manhã fria de novembro o leva ao vizinho povoado de Carro e o confia ao Pároco, que havia instituído uma escola na casa paroquial.


Antonio realizava as tarefas escolares “ao clarão do fogo”, porque na casa, às vezes, faltava o óleo para o lampião.
E assim, a pé, ele percorre uns quatro quilômetros de caminho entre  os matos que uniam Carro a Cerreta, com sol ou com chuva, levando consigo a sua refeição de pão e castanhas. Mas ele suporta com alegria os sacrifícios exigidos por essa primeira realização de seu desejo.
À tarde, voltando da escola, recolhe a lenha para o fogo e leva para casa o feixe nas costas, alegre por ajudar a mãe.
6- Em Carro, nos intervalos da escola, visita Jesus na Igreja Paroquial e, junto ao sacrário, sente crescer a cada dia o seu amor e a capacidade de doação a Deus e aos irmãos.
Deus chama o jovem Antonio ao serviço sacerdotal. “Vem... te espero!” - e providencia também a bolsa de estudo no Seminário em Gênova, por meio de uma piedosa senhora.
Seu “sim” é rápido, generoso, fiel; torna-se seminarista exemplar pelo amor à oração e pelo sucesso nos estudos.
7-Com apenas vinte e três anos de idade é ordenado sacerdote na Catedral de São Lorenzo, em Gênova, aos 23 de maio de 1812. Tendo recebido do Sr. Arcebispo de Gênova o envio para evangelizar, põe-se a serviço do Evangelho para anuncia-lo aos todos. “Tudo faço pelo Evangelho”, assim ele se expressou e continuou a vida toda em disponibilidade e sacrifícios.
No dia seguinte, 24 de maio celebra a primeira Missa na Igreja de Nossa Senhora do Carmo, em Gênova.




Apaixonado por Maria Santíssima, coloca seu ministério sacerdotal sob a proteção da Mãe celestial.


Em 1826 é enviado pelo Arcebispo de Gênova à Paróquia de São João Batista de Chiávari. Ao enviá-lo o Arcebispo disse para o povo de Chiávári: “Envio-vos a mais bela flor do meu jardim”.
No espírito do Bom Pastor do Evangelho, se engaja na realidade dessa cidade e torna seus os múltiplos problemas que nela encontra. Nasce nele a urgência de fazer alguma coisa: “A necessidade de prover boas Professoras, boas educadoras... Sugeriu a fundação de uma Família Religiosa, na Igreja” e, esta foi a Congregação das Irmãs Filhas de Maria SS. do Horto, também chamadas Gianellinas, devido ao sobrenome do Fundador Antonio Gianelli. Cf Livro de Memórias da Fundação da Congregação.”
8-Tem no coração, sobretudo, o futuro de muitas meninas que vê  sem boa orientação. O Pároco Antonio Gianelli é muito atento ao problema da mulher e isto, naquele período histórico, é, sem dúvida, uma antecipação dos tempos; ele deseja a instrução para meninas, pois acredita que o bem de uma família depende, fundamentalmente, do papel da mulher.
Por essas meninas, no dia 12 de janeiro de 1829 funda o Instituto ou Congregação das Filhas de Maria SS. do Horto - FMH - é a sigla nas línguas portuguesa e latina.

 

9- Aos 06 de maio de 1838, é sagrado Bispo e enviado à Diocese de Bobbio, Itália. O episcopado reforça seus projetos e desejos de fazer o bem: continua a ser homem missionário, pai e pastor do povo que lhe fora confiado. “Não posso ser bom se não estiver disposto a morrer por vocês, por cada um de vocês”, pronunciará no discurso ao assumir o serviço da pastoralidade da Diocese de Bobbio. Continua sendo o homem humilde de Cerreta e diz: “Eu, nascido pobre, de baixa renda, um nada... Bispo?”. Naquela época quem nomeava um sacerdote Bispo era o poder civil, no caso de Gianelli foi o Rei Carlos Alberto.


   


10-Os sacrifícios, as privações, as muitas noites mal dormidas, o peregrinar em diversas regiões pregando missões, o colocar toda sua vida à disposição dos irmãos, tudo isso consumiu precocemente a saúde física de Antonio Gianelli. Adoece de tuberculose. Perante seu estado de saúde Gianelli diz “Não importa que eu viva e que seja sadio ou doente. Importa que eu cumpra bem a vontade de Deus”. É o último ato de fé. É a síntese de uma existência por “deus, mas somente Deus!”.  E a Deus Antonio retorna aos 07 de junho de 1846, falecendo em Piacenza.
11- No ano de 1925, é proclamado “Beato” por pelo Papa Pio XI e, aos 21 de outubro de 1951, é proclamado “Santo” pelo Papa Pio XII.
Com esse gesto, a Igreja o propõe de exemplo para cada um de nós. A santidade de Antonio Gianelli,é uma santidade conquistada, no quotidiano, no cumprindo do próprio dever de cada um, sem ostentação ou milagres. Antonio Gianelli é um santo do quotidiano.
12- No seu Testamento escreve: “Desde os primeiros anos do meu sacerdócio, um dos meus desejos foi o de morrer pobre e  deixar os meus parentes na situação de pouca fortuna na qual nascemos...” e “ainda, dirigindo-se às Irmãs Filhas de Maria SS. do Horto: “Se eu morrer pobre rezem por mim, pois estarei salvo, mas se morrer rico...” .
13- Cerreta é como um livro aberto, um livro feito de coisas reais, um livro que apresenta lições de vida ricas de essencialidade. Esta é sem dúvida, a primeira escola na qual foi formado Antonio Gianelli. Uma escola ainda atual para os nossos dias.

14- Cerreta fala ainda hoje e, através do pensamento de Gianelli, nos convida e nos desafia: “Todos devemos fazer-nos santos, todos podemos fazer-nos, façamo-nos de verdade...”. No fundo, “a maior santidade está no coração porque consiste no amor”.
15-Isto foi o que Santo Antônio Gianelli fez: AMOU.



PRECES DOS FIÉIS

* Senhor, nós te agradecemos por ter-nos dado como protetor Santo Antonio Gianelli. Agradecemos pela riqueza de dons com que o cumulaste. Rezemos:

Todos - Santo Antonio Gianelli, intercedei por nós!

*Senhor concede à tua Igreja, a exemplo de Santo Antonio Gianelli, uma fé corajosa, para que caminhe diante de Ti com retidão, realizando obras de bem. Rezemos.

Todos - Santo Antonio Gianelli, intercedei por nos!

*Senhor Jesus, olha os nossos governantes e, por intercessão de Santo Antonio Gianelli, torna-os capazes de agir à luz do Evangelho, na justiça na solidariedade em favor dos mais pobres. Rezemos-

Todos - Santo Antonio Gianelli, intercede por nós!

*Senhor confiamos a Ti a nossa escola e toda a Comunidade  Educativa. Pela intercessão de Santo Antonio Gianelli, um homem que amava, ajuda-nos para que todas as nossas forças sejam empregadas para viver a meta educativa deste ano escolar, amando, acolhendo e ajudando os outros. Rezemos.

Todos - Santo Antonio Gianelli, intercede por nós!

*Senhor nós te apresentamos as crianças e os jovens, para que Santo Antonio Gianelli faça brilhar na vida deles valores autênticos que os tornem capazes de testemunhar o Evangelho, mediante opções corajosas e radicais. Rezemos.

Todos - Santo Antonio Gianelli, intercedei por nós!

*No inicio deste ano escolar, nos entregamos a Ti como terra fértil. Tudo aquilo que for ensinado pelos nossos educadores trará frutos de conhecimento, bondade, intercâmbio de idéias, generosidade, alegria, paz e colaboração. Ajuda-nos Senhor, a não deixar que nenhuma palavra, nenhum ensinamento fique estéril e vazio. Rezemos.

Todos - Santo Antonio Gianelli, intercede por nós!

texto enviado pela Irmã Amábile (Adaptação com fotos, cores e letras)


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