terça-feira, 21 de outubro de 2014

Dia de Santo Antônio Maria Gianelli



Porto Alegre, 21 de outubro de 2014.





 


Roma, 21 de outubro de 2014.


Queridos membros da Família Gianellina,
nestes anos, procuramos levar adiante, juntos, a solicitação do 18° Capítulo Geral de acolher com con-fiança a nova prospectiva de Família Gianellina, funda-mentada no mesmo Carisma, para ajudar-nos a tornar mais dinâmica e corajosa a nossa presença no mundo.
 Hoje, festa de Santo Antônio Maria Gianelli, no 6º Dia Anual da Família Gianellina, quero evocar com vocês a figura de uma pessoa, tão querida para nós, que se dedicou com paixão à construção dessa Família: Madre Maurizia Pradovera! E desejo recordá-la através de alguns conteúdos do último documento elaborado por ela, junto com outras pessoas, para tornar sempre mais concreta a adesão à espiritualidade laical gianellina. Trata-se das Linhas Programáticas para a Família Gianellina na partilha de carisma e missão.
No documento, identificamos os princípios que, à luz das palavras de Santo Antônio M. Gianelli, qualificam a pertença à FG e constituem os conteúdos da formação permanente na mesma.
 ·         Comum vocação batismal como resposta pessoal ao chamado do Senhor, numa fidelidade incondicional à Igreja.
“… somos pobres e indignos filhos da Igreja Católica; somos, e não há nada de que mais nos gloriamos. (Filhos) desta santa divina e imaculada Igreja, na qual está o caminho, a verdade e a vida, que é Cristo”[1].
·         Adesão ao Carisma espiritual - total adesão a Cristo - e apostólico - total dedicação aos irmãos -  gianellino.
Estou nas mãos de Deus a quem me confio”[2].
“Lembro a todos que ser missionário somente de nome não basta. É preciso ter o espírito, o qual, sendo caridade, costuma ser, antes, deve ser operativo”[3]. “Queira o céu que o zelo de vocês em abraçar o bem e também em retomar, no momento oportuno, o seu ardor na fadiga e a paciência no levar até o final as obras de Deus sejam incentivo para nós... e renovem o vigor…”[4].
 ·         Profundo amor a Maria, porque é Ela que indica o caminho, é Ela que acompanha, é Ela que leva a Jesus.
“Gostaria que, não contentando-se de obsequiar a Maria, vocês tivessem um verdadeiro, constante e incansável afã por imitá-la sempre nas suas particulares virtudes, a tal ponto que também a conduta de vocês os declarasse, sem dúvidas, devotos, melhores, filhos prediletos da grande Mãe. Oh! Que sorte, meus caros! Que incomparável felicidade!”[5].
 ·         Estilo de vida coerente com o carisma da caridade evangélica vigilante,  na grande confiança em Deus, com um estilo de oração, humildade, humanidade e essencialidade.
“… um verdadeira Caridade Evangélica que, a exemplo do Divino Mestre, sacrifica-se toda pela salvação dos outros”[6].
·         Profundo desejo de santidade, com a perfeição do amor  - plena fidelidade ao evangelho - , vivido na fidelidade aos deveres de cada dia, reconhecendo no cotidiano o lugar de santificar-se.
“Em todos os afazeres do mundo há santos e em todos pode havê-los. Cumpram com amor os deveres do próprio estado e serão santos...”[7].
 ·         Pobreza gianellina não apenas como sobriedade de vida, mas como partilha, solidariedade, agilidade, prontidão, docilidade e ousadia de coração.
“Os fiéis... devem decidir e escolher metas precisas a alcançar; devem fazer propósitos a cumprir... para os quais  o ser humano se deixa guiar mais por Deus do que por si mesmo; faz para si um programa de vida de não querer mal a ninguém e de fazer o bem a todos...”[8].
·        Capacidade relacional fundamentada no diálogo, na escuta, no confronto, no perdão recíproco, na corresponsabilidade, para criar fraternidade no próprio  ambiente.
“… se o desafio é esse, é preciso lutar continuamente, também contra a corrente, para chegar a um mesmo sentir, a um mesmo pensar, a um mesmo querer e a um mesmo agir pela glória de Deus e a difusão do Evangelho […]”[9]. 
·         Sentido de pertença à Família Gianellina, na mútua estima e colaboração entre as diferentes vocações e ministérios.
“Nosso maior empenho será de criar e revigorar laços de comunhão, como Família Gianellina, constituída de pessoas unidas na diversidade, tendo como horizonte um coração habitado pelo amor de Deus. É o Carisma o centro propulsor que alarga a rede de relações e de partilha, em vista da missão. Nesta sinergia, vivemos a comunhão das vocações”[10].
 Certo, o documento continua, mas creio que o que foi escrito oferece abundante material de reflexão e aprofundamento que, posto em prática, pode levar-nos a uma intensa santidade de vida.
É isso que auguro a cada um/a neste Dia da Família Gianellina. Em particular, faço esse augúrio aos/às que hoje fazem ou renovam a promessa de viver segundo esses princípios: a minha admiração pela disponibilidade de vocês, pela coragem e generosidade no expressar sua vontade de responder ao dom do Senhor e ao chamado a viver a própria vocação conforme o carisma gianellino. Que a força do Espírito Santo esteja em cada um/a para poder viver uma bela e intensa experiência pessoal e de comunhão, que traga frutos de bem para toda a Família Gianellina.
Caríssimos/as, lhes garanto a minha proximidade e a minha oração de intercessão, a fim de que o Espírito Santo ilumine suas mentes e alargue seus corações para crescerem na santidade, dando mais concretude ao seu compromisso. A Virgem do Horto os/as abençoe abundantemente.
Também em nome do Conselho Geral,
  
 Ir. Terezinha Maria Petry
Superiora Geral
Notícias de família:
*    Em memória da Madre Maurizia Pradovera, a Cáritas de Chiavari doou  €1000,00 (mil euros) em favor das nossas missões. Junta-se tal cifra aos outros €1000,00 (mil euros) recolhidos por ocasião dos funerais.
 *    Como já escrevi no último Boletim, no dia 16 de novembro serão celebrados os 25 anos de presença e de serviço das Irmãs em Cité Mama Mobutu, primeira obra gianellina na República Democrática do Congo. De 12 a 25 de novembro, acompanhada pela Madre Lidia González, estarei em Kinshasa para participar dos festejos.
 *    A Madre  Philomena  Vadakekanna voltou no dia 7 de outubro de Papua Nova Guiné. Foi erigi-da a comunidade em Malala, na Diocese de Madang.  As três Irmãs já começaram a lecionar na escola. Todas estão procurando adaptar-se à nova cultura e ao novo serviço. A Madre Philomena agradece a todos, também por parte das Irmãs, pela oração e o acompanhamento nessa nova missão gianellina.



[1] GIANELLI A.M., Alocução para o primeiro Sínodo, 23 setembro 1840
[2] GIANELLI A.M., Carta ao Arcebispo de Gênova, 1840
[3] GIANELLI A. M., Carta ao Padre Nicolau Barabino, janeiro 1843
[4] GIANELLI A. M., Carta ao povo bobbiense, 1839.
[5] GIANELLI A.M., Cfr. Carta pastoral: Espírito de sincera piedade e de filial devoção a Maria Santíssima, Bobbio 14.11.1844.
[6] GIANELLI A.M., Alocução ao povo de Chiavari, 1837
[7] GIANELLI A.M., Da obrigação de fazer-nos santos
[8] GIANELLI A.M., Lembretes da Quaresma
[9] GIANELLI A.M., Regras manuscritas, pág. 190 n. 4
[10] Documentos do 18° Cap. Geral, pág .6-7.

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